Dívida pública cresce. Como isso afeta o brasileiro?

De acordo com os dados divulgados esse mês pelo Tesouro Nacional, no Plano Anual de Financiamento (PAF), a Dívida Pública Federal para 2016 deverá ultrapassar 3 trilhões. Esse número mostra um aumento de quase 25% no déficit, ao ser comparado com 2015, ocasião em que o país fechou o ano com R$ 2,793 trilhões negativos. Esse déficit vem se arrastando desde 2014, quando a dívida pública foi fechada em um total de R$ 2,295 trilhões.

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Mas o que é Dívida Pública? Como isso afeta o bolso do brasileiro? O conceito parece complicado, mas não é, a dívida pública federal é a adquirida pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal, ou seja, ela envolve empréstimos feitos pelo Estado junto com instituições financeiras públicas ou privadas, no mercado financeiro interno (em real) ou externo (em dólar), assim como também junto de empresas, organismos nacionais e internacionais e pessoas, explicando de forma grosseira, o governo faz empréstimos para financiar os seus gastos que não conseguiram ser pagos pela arrecadação de impostos.

Quando a arrecadação de impostos não é sufi ciente para pagar as contas ou os investi mentos, o Tesouro Nacional emite títulos públicos, que podem ser comprados por investi dores. O aumento do déficit da dívida pública em 2015 ocorreu, em partes, porque o Tesouro emiti u mais títulos do que resgatou e, também, devido à forte subida nos juros no ano passado. Segundo o Tesouro, as emissões extras ajudaram a retirar o excesso de dinheiro em circulação na economia e a ampliar o “colchão” da dívida (reserva do Tesouro para evitar calote caso ninguém queira comprar os títulos do governo). Para piorar a situação, alguns títulos são remunerados pela Selic (hoje em 14,25%) e quando Banco Central aumenta a taxa de juros para controlar a inflação aumenta a Dívida Pública brasileira. Complicado, não?

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