Mercado de investimentos está cauteloso diante de grandes acontecimentos

Dentre os investidores que acompanham a fase final do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, uma grande parte deles acredita que ele será confirmado. Nesta segunda-feira (29), Dilma Rousseff foi ao Senado para se defender das acusações. A votação que definirá se a presidente afastada deixa o cargo definitivamente deve acontecer nesta quarta-feira (31).

Money and graphicsPor conta desse processo, o dólar chegou a cair na segunda-feira (29) e voltou a subir na terça-feira (30). No mês de agosto, o dólar tem variação negativa de 0,32%, e no acumulado de 2016, a moeda recua 18,1%.

Os investidores estão cautelosos. Declarações de autoridades do banco central norte-americano Federal Reserve, recolocaram sobre a mesa a possibilidade de alta nos juros no mês que vem. Eles também aguardam o desfecho do processo de impeachment que está acontecendo no Brasil. “A cautela predomina porque é uma semana de eventos muito importantes”, disse à agência Reuters José Carlos Amado, operador da corretora Spinelli.

O mercado de investimentos está cauteloso sobre o rumo dos juros nos EUA. Com taxas mais altas, seriam atraídos para o país recursos aplicados atualmente em outros mercados, motivando assim uma tendência de alta do dólar em relação a moedas como o real.

A presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, em discurso realizado na sexta-feira (29), afirmou que as razões para subir os juros aumentaram, mas evitou indicar um aumento significativo na taxa. Em um primeiro momento, segundo a agência Reuters, os mercados financeiros haviam interpretado que Yellen deu sinais de que os juros não subiriam tão cedo nos Estados Unidos. Mas, em seguida, comentários do vice-presidente do banco central dos Estados Unidos, Stanley Fischer, levaram os investidores a acreditar que ele pode elevar os juros antes do final deste ano.

O dólar fechou em alta de mais de 1% na sexta-feira (26), após uma sessão onde os investidores aumentaram suas apostas de que o Federal Reserve irá elevar os juros já na sua próxima reunião, agora em setembro. Ainda de acordo com a agência Reuters, a moeda avançou 1,25%, a R$ 3,2719, após chegar a R$ 3,2787 na máxima da sessão e R$ 3,1898 na mínima.

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