Setor imobiliário se mostra resiliente e otimista

Incorporadoras estão com seus colaboradores em home office, mas dedicados às suas atividades e metas; obras continuam

Todos concordam: o mundo nunca viveu, em sua história moderna, uma situação como a que está sendo causada pela pandemia da Covid-19. Mas, se é em tempos de crise que novas ideias ganham forma, o setor imobiliário tem boas notícias para compartilhar: o cenário é bom para vender e comprar terrenos, casas, salas comerciais, apartamentos, entre outros.

Não se trata de uma posição fora da realidade. Os empresários do setor e os especialistas da área têm claro que os tempos estão e serão difíceis. Contudo, as oportunidades e reinvenções também são e serão enormes. Uma mudança, sem volta, por exemplo, foi o aumento no uso das plataformas e ferramentas digitais.

Para o estatístico Marcus Araújo, nunca o setor imobiliário esteve tão preparado para enfrentar uma crise como agora. “Não fomos pegos de surpresa, como em 2014, quando o desequilíbrio econômico mundial foi causado pelo sistema bancário. As equipes, hoje, estão mais enxutas. As incorporadoras e urbanizadoras têm baixo endividamento e os produtos foram mais bem pensados para o público atual”, analisa.

Fundador e presidente da DataStore, principal empresa do país em pesquisa do mercado imobiliário, Araújo já trabalhou com 4.000 projetos, alcançando a marca de R$ 555 bilhões em empreendimentos pesquisados. Ele foca suas consultorias e orientações nas tendências e no perfil da nova geração de consumidores brasileiros.

Apesar da crise, o setor imobiliário pode se aparesentar como uma grande oportunidade | Crédito: Divulgação

Imóvel como investimento seguro

Esse novo tipo de comprador de imóveis está no grupo de investidores entre 30 e 50 anos, que se acostumou com a renda variável da Bolsa de Valores nos últimos três ou quatro anos. O mercado imobiliário, de acordo com Rodrigo Camargo, diretor Comercial da Perplan, havia perdido um pouco de diálogo com esse cliente e agora tem a chance de retomar e se reaproximar. “É hora de chamar a atenção dele. Ao contrário do mercado financeiro, imóvel sempre foi e será um investimento seguro. Com a Taxa Selic na casa de 3% a 4% ao ano, investimentos em renda fixa, como poupança, LC (Letra de Câmbio) e Tesouro Direto, apresentarão resultados negativos se comparados à inflação”, salienta Camargo.

O diretor Comercial da Perplan lembra que a Bolsa de Valores perdeu quase 40% em apenas três semanas no mês de março, demonstrando sua volatilidade e os riscos da renda variável. “Os produtos imobiliários, como os apartamentos, estão mais modernos, mais adequados. Eles evoluíram e foram atualizados, assim como os clientes o fizeram. É o momento ideal para investir em um imóvel”, completa.

Ricardo Telles, diretor Presidente da Perplan, também defende a segurança do investimento em imóvel e que o momento é de se ter segurança para o futuro. Um dos fatores que pode auxiliar uma decisão de compra é se ter, do outro lado do balcão, uma empresa saneada, cumpridora de prazos e com sólido planejamento. “O mercado imobiliário, como outras áreas, reduziu seu ritmo. A Perplan, contudo, se preparou para este momento. Temos um caixa confortável, o que dá tranquilidade a parceiros, clientes e colaboradores, e um planejamento eficaz, possível de ser alterado sem grandes sobressaltos. Estamos suficientemente organizados e agindo com absoluta serenidade, o que nos dá totais condições de passar pela crise com menos problemas”, afirma.

Fonte: Mundozumm