Pink Tax. Um custo “invisível”, mas impactante, para as mulheres

Mesmo recebendo salários inferiores do que os pagos aos homens, essa diferença chega 26% no Brasil, as mulheres acabam pagando mais caro por produtos similares.

Um recente estudo publicado pelo Departament of Consumer Affairs (Departamento de Assuntos do Consumidor) da cidade de Nova York confirmou o que algumas consumidoras já desconfiavam: produtos direcionados para o público feminino são, em média, mais caros do que os mesmos vendidos para os homens. Lá fora, este fenômeno é chamado de Pink Tax, ou Imposto Rosa, em tradução livre, que também podemos chamar de “custo mulher”. Em média, os produtos para mulheres custam 7% mais que similares para os homens, segundo a mesma pesquisa.

No Brasil, ainda, não há nenhuma pesquisa sobre o “Pink Tax”, mas não é difícil observar preços diferentes em alguns produtos e serviços, como o corte de cabelo. As mulheres gastam bem mais em salões de beleza do que os homens, mas não necessariamente pela quantidade de serviços realizados. Um simples corte feminino é sempre mais caro que um masculino. Mas não para por aí não, uma camiseta básica de algodão da  Hering custa R$ 49,99 na versão feminina, mas a masculina custa R$ 44,99.

Apesar de não existir no Brasil uma pesquisa sobre o assunto, o mesmo foi muito discutido por aqui e no mundo inteiro. É muito curioso a mulher pagar mais caro em produtos similares, quando se leva em consideração que, no mundo inteiro, as mulheres têm salários menores do que os dos homens. No Brasil, essa diferença foi de aproximadamente 26% em 2014, segundo dados do IBGE.

Segundo especialistas, existem razões concretas para o mesmo produto em embalagens diferentes ter preços diferentes, de acordo com Beto Almeida, Diretor Executivo da Interbrand São Paulo. “No caso de produtos como os barbeadores da Gillete, por exemplo, acredito que o volume de vendas da versão masculina deva ser infinitamente superior, e aí sim pode indicar um premium price sobre o feminino, que vende menos”. Mas muitas vezes isso não acontece: “muito cálculo do preço de determinados produtos se dá justamente por fatores ligados à marca”, explica o especialista. Como ainda não existem estudos que comprovam a discrepância (diferença alarmante) de preços entre os mesmos produtos para homens e mulheres e como também não há proibições relacionadas ao tema, pesquisar e comparar preços continua sendo a melhor alternativa para economizar.

 

Fonte: O Minuto