O que é PGBL e VGBL?

Atualmente existem muitas opções de investimentos para quem quer complementar a renda na aposentadoria e garantir um futuro financeiramente tranquilo.

Contar apenas com a Previdência Social para ter uma aposentadoria tranquila e sem preocupações nem sempre é possível. Mesmo que você receba bons salários a vida toda e contribua com o valor máximo ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), o teto da aposentadoria é de R$ 5.147,38. Devido a esse fator, ao se aposentar, na maioria das vezes o contribuinte precisa readequar seus gastos e se adaptar a um novo estilo de vida, com uma renda mensal mais baixa do que a que estava acostumado.

porquinho-douradoPara que isso não aconteça, muitas instituições financeiras oferecem opções de investimentos a longo prazo, justamente pensando no futuro do investidor. PGBL e VGBL são tipos de planos de previdência privada que oferecem rendimentos futuros, que ajudam a complementar a renda de quem deseja se aposentar e realmente parar de trabalhar. Mas o que significa essas duas siglas cheias de letras? Basicamente a mesma coisa. PGBL quer dizer PLANO Gerador de Benefícios Livres, e VGBL quer dizer VIDA Gerador de Benefícios Livres. O que difere um do outro é a incidência de imposto sobre eles. No caso do VGBL, o IR (Imposto de Renda) é calculado apenas sobre o rendimento do valor investido, já no PGBL, o IR incide sobre o valor total do resgate. Existem alguns fatores que ajudam a determinar qual deles é melhor para cada tipo de investidor. Vamos às diferenças:

VGBL – Vida Gerador de Benefícios Livres
O VGBL é um plano de previdência que também é considerado um seguro pessoal. Ele permite que seja passado sucessoriamente em forma de herança, em caso de morte, de maneira imediata por não precisar ser incluído no inventário, além de poder conceder indenização em vida ao segurado que faz suas contribuições regulares. A incidência do IR nesse tipo de aplicação é apenas sobre a rentabilidade do investimento, motivo pelo qual ele é indicado para quem aplica a declaração de imposto de renda simplificada, onde não é possível deduzir as contribuições para o plano da base de cálculo do IR, e para quem deseja investir mais do que 12% do seu rendimento anual.

PGBL – Plano Gerador de Benefícios Livres
O PGBL, assim como o VGBL, também pode ser utilizado para cobrir invalidez ou ter seus recursos revertidos para dependentes em caso de morte do titular. Por ser um investimento de longo prazo, é recomendado que seja aplicado por pelo menos mais de dez anos para que ofereça condições realmente vantajosas. Neste plano de investimento, o IR incide sobre o valor total do resgate da aplicação, e é recomendado para quem aplica a declaração completa do imposto de renda. Nesse caso, é possível deduzir o valor investido no PGBL para abatimento do IR, o que o torna vantajoso para quem costuma aplicar até 12% do seu rendimento anual.

Especialistas recomendam que se você deseja contribuir com um valor maior do que 12% do seu rendimento para a previdência privada, o mais indicado é que faça um PGBL, onde poderá deduzir o valor investido do IR, e o que ultrapassar os 12% seja investido em um VGBL, onde será descontado IR apenas sobre o rendimento do fundo.

Nos dois casos, antes de aplicar é importante verificar atentamente as taxas que são cobradas pela instituição financeira para a administração do investimento, além da taxa de carregamento, um percentual que é descontado do valor de cada aporte. Em alguns casos, a dedução dessas taxas durante alguns anos pode significar quase um ano de rentabilidade.

Tanto no plano PGBL quanto no VGBL, é possível solicitar uma portabilidade, caso você queira investir em outro tipo de aplicação, ou simplesmente queira mudar seu plano de uma instituição financeira para outra, que ofereça melhores taxas, por exemplo. Esse tipo de solicitação não tem custo, e deve apenas obedecer ao requisito de permanência mínima de 60 dias no investimento. Os dois planos também oferecem algumas opções para o pagamento do benefício, como prazos de carência e de que forma o investidor receberá de volta o valor aplicado, variando entre pagamentos vitalícios, pagamentos por prazo determinado e se a devolução poderá perdurar para beneficiários em caso de morte do titular do investimento.

Independente da opção que melhor se aplica a você, é sempre imprescindível analisar muito bem o contrato do plano, e se for o caso, solicitar a ajuda de especialistas para que o investimento se torne mais seguro e vantajoso para suas necessidades.