Magalu (MGLU3)da varejistas no 2TRI20 puxado pelo e-commerce

O Magazine Luiza informou ter registrado no segundo trimestre a maior geração de caixa operacional em um trimestre em sua história, com o fluxo ajustado pelos recebíveis somando R$ 2,2 bilhões. Em 12 meses, ele atingiu R$ 2 bilhões.

A posição de caixa líquido ajustado aumentou em R$ 5 bilhões nos últimos 12 meses, passando de R$ 800 milhões em junho do ano passado para R$ 5,8 bilhões. A empresa atribuiu o desempenho à geração de caixa, aos investimentos e aquisições realizados e à oferta subsequente de ações concluída em novembro do ano passado.

O Magazine Luiza encerrou o segundo trimestre com uma posição total de caixa de R$ 7,5 bilhões, considerando caixa e aplicações financeiras de R$ 3 bilhões e recebíveis de cartão de crédito disponíveis de R$ 4,5 bilhões.

Os investimentos recuaram 44%, para R$ 69,5 milhões. Por conta da pandemia de covid-19, as novas lojas previstas para o segundo trimestre foram postergadas para o terceiro trimestre.

O resultado financeiro líquido da companhia ficou negativo em R$ 94,5 milhões, revertendo o saldo positivo de R$ 256 milhões do mesmo período de 2019, com queda de 90,5% da receita, derrubada pela linha “outras receitas financeiras”, e um efeito negativo de R$ 43,3 milhões em juros com arrendamento mercantil.

Apesar do prejuízo líquido de R$ 64,5 milhões no segundo trimestre deste ano, a companhia se consolidou como líder do e-commerce brasileiro.  As vendas online da empresa dispararam 182% no período, atingindo R$ 6,7 bilhões. Esse valor já representa 78% das vendas totais.

“A empresa cresceu 2,6 vezes em relação ao mercado online, recuperou a lucratividade ao longo do trimestre e gerou caixa. Ou melhor, gerou muito dinheiro”, escreveram os analistas do Credit Suisse em relatório aos clientes.

A Magazine Luiza (MGLU3), no entanto, não foi a única a se destacar no e-commerce.  A Via Varejo (VVAR3)  viu suas vendas online dispararem 280%, totalizando R$ 5,1 bilhões no período.

Segundo a empresa, o desempenho foi influenciado pela estabilidade das ferramentas no canal online (Sites e Aplicativos) e a introdução de melhorias na experiência do cliente. Além de um forte trabalho de marketing.

Outra varejista que também se destacou com resultados consistentes foi a B2W (BTOW3). Embora tenha registrado prejuízo R$ 74,6 milhões no período, a empresa registrou alta de 72,2% nas vendas online.

Em segmentos diferentes do varejo, o Carrefour (CRFB3) e o GPA (PCAR3) também cresceram no e-commerce.

Para se ter uma ideia, a estimativa de vendas do GPA para o e-commerce é de R$ 1 bilhão. Esse valor representa 3 vezes o desempenho de 2019.

 

Magazine Luiza (MGLU3) tem prejuízo de R$ 64,5 milhões

A Magazine Luiza (MGLU3) registrou um prejuízo de R$ 64,5 mi, revertendo lucro de R$ 386,6 milhões no mesmo período de 2019.

De acordo com a empresa, o resultado foi impactado principalmente pelo fechamento temporário das lojas físicas no trimestre.

As vendas totais cresceram 49% no segundo trimestre deste ano.

O Ebtida somou R$ 143,7 milhões, uma diminuição de 62,2%.

A margem Ebtida atingiu 2,6%, baixa de 6,2 pontos percentuais.

Via Varejo reverte prejuízo em lucro 

Entre as varejistas, a Via Varejo registrou um lucro líquido de R$ 65 milhões, revertendo prejuízo de R$ 162 milhões em igual período do ano passado.

De acordo com a empresa, o resultado foi impactado pelo desempenho da operação com excelente performance do e-commerce, mas desalavancagem operacional por conta da queda de receita, custos fixos vinculados ao fechamento de lojas na pandemia e aumento da despesa financeira.

Já o Ebtida ajustado totalizou R$ 555 milhões, alta de 45,7%.

Enquanto a margem Ebtida ajustada ficou em 10,5%, alta de 4,2 p.p.

B2W (BTOW3) tem queda de 41,5% no prejuízo

A B2W (BTOW3) registrou um prejuízo de R$ 74,6 milhões no segundo trimestre de 2020.

É uma melhora de 41,5% na comparação com igual período do ano passado.

A geração de caixa da B2W foi de R$ 72,4 milhões.

O balanço informa que o Ebtida ajustado somou R$ 184,7 milhões, uma elevação de 67,6%.

A margem Ebtida atingiu 7,6%, baixa de 0,1 pontos percentuais.

GPA (PCAR3) registra queda de 20,3% no lucro

O GPA (PCAR3) divulgou lucro líquido totalizou R$ 333 milhões, um desempenho 20,3% inferior ao registrado em igual período de 2019.

Mas quando analisado o lucro líquido das operações em continuidade houve crescimento de 322%, totalizando R$ 274 milhões contra R$ 65 milhões.

A empresa atribui o resultado à melhoria operacional do grupo e à assertividade das estratégias adotadas.

O Ebtida ajustado somou R$ 1,577 bilhões, um saltou de 83,2%.

A margem Ebtida ajustado atingiu 7,6%, baixa de 1 ponto percentual.

A receita líquida somou R$ 20,766 bilhões no período, um aumento de 58,7%.

Carrefour (CRFB3) tem alta de 74,9% do lucro

O balanço do Carrefour (CRFB3) reportou lucro líquido atingiu R$ 713 milhões, um desempenho 74,9% superior ao registrado em igual período de 2019.

A empresa informou que o resultado reflete a alavancagem do negócio com o forte desempenho operacional.

De acordo com a empresa, o desempenho foi beneficiado pelo contexto atual e suportado pelos investimentos.

O Ebtida somou R$ 1,424 bilhão, uma elevação de 27,5%.

Já a margem Ebtida ajustada ficou em 9%, alta de 0,9 ponto percentual.

A receita líquida totalizou R$ 15,9 bilhões, um incremento de 14,7% na comparação anual.

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                         Fonte: Felipe Monteiro e Valor