Lucro líquido da MRV cai 1,6%, no 3º tri, para R$ 158 milhões

Queda foi creditada pela empresa a descontos acima da média histórica concedidos pela incorporadora devido à pandemia de covid-19 e à pressão de custos com materiais de construção.

O indicador refletiu as vendas líquidas recordes de R$ 1,97 bilhão, já divulgadas na prévia operacional, além do crescimento dos lançamentos e do avanço de obras.

Ainda assim, o lucro líquido da MRV caiu 1,6%, para R$ 158 milhões. A margem bruta da companhia passou de 29,5%, de julho a setembro de 2019, para 28,3% no terceiro trimestre. A piora do indicador resultou de descontos acima da média histórica concedidos pela incorporadora devido à pandemia de covid-19 e da pressão de custos com materiais de construção.

Na avaliação de Rafael Menin, copresidente da MRV, a margem bruta voltará a melhorar no segundo ou no terceiro trimestre de 2021. Não há risco, no entendimento do copresidente, de o setor voltar àquele cenário de estouros de orçamento decorrente do crescimento acelerado no período de 2007 a 2013.

No terceiro trimestre, a MRV registrou despesas gerais e administrativas de R$ 99 milhões, com expansão de 11,7%.

A companhia teve geração de caixa recorde, no valor de R$ 306 milhões. Há expectativa de “geração de caixa continuada”, de acordo com Menin, considerando-se a retomada à normalidade dos repasses dos recebíveis dos clientes para a Caixa Econômica Federal. No fim do trimestre, a alavancagem medida por dívida líquida sobre patrimônio líquido era de 13,3%.

A incorporadora tem expectativa de elevar o número de lançamentos a ser apresentado neste trimestre na comparação com o período de julho a setembro. Menin preferiu não divulgar metas de vendas nem se a receita líquida deve bater novo recorde trimestral. O executivo informou, porém, que a produção deve crescer — no terceiro trimestre, o volume produzido caiu 4,8%, para 9.525 unidades.

Subsidiária americana

A empresa informou ainda que a AHS, subsidiária americana da MRV Engenharia, tem US$ 306 milhões de ativos em negociação.

Desse total, o valor geral de vendas (VGV) de US$ 199 milhões está em fase de estabilização. Outros US$ 107 milhões fazem parte do portfólio estabilizado da AHS.

O banco de terrenos da subsidiária americana corresponde ao VGV potencial de US$ 1,2 bilhão.

Fonte: Valor Investe.