IR 2020: tributação regressiva nem sempre é a melhor opção para um plano de previdência

Por Wagner Soares Gomes – Gerente de planos empresariais da BrasilPrev

Muitos amigos compartilham comigo espontaneamente suas decisões com relação aos seus planos de previdência. Querem minha opinião sobre o plano que possuem e sempre me abordam para saber a melhor opção: PGBL e/ou VGBL, fundos de estratégia de renda fixa ou multimercado, único fundo ou uma carteira com vários fundos, gestor da empresa de previdência ou um gestor terceiro, maximizar o investimento na renda mensal ou na renda anual?

A ideia é sempre que eu faça uma análise sobre suas opções no plano de previdência. Em apenas alguns minutos é impossível fazer uma análise das expectativas de cada um sobre os seus projetos de longo prazo, sem conhecer o seu perfil de investidor, seu momento de vida e a alocação dos ativos que compõem o seu patrimônio.

A única escolha que todos meus amigos têm convicção que tomaram a decisão certa é quanto à opção pela tributação regressiva. É nesse ponto que o bate-papo fica interessante. Principalmente quando digo que a tributação regressiva pode não ser a melhor escolha. Nessa parte da conversa os ânimos ficam um pouco exaltados. Afirmam os meus amigos: quanto mais tempo o dinheiro fica investido, menor a alíquota do Imposto de Renda. Sim, e eles estão certos na teoria: