Investimentos de curto prazo

Nossa missão é educar e inspirar as pessoas a fazerem melhores escolhas financeiras por meio de conhecimentos, ferramentas e estratégias que garantam um futuro mais próspero. Acreditamos que a educação e o planejamento são componentes essenciais para o sucesso financeiro.

A minha PRIMEIRA dica é que você busque aprender sempre, se interesse pelo assunto mesmo que não goste ou ache difícil.

Tenha cuidado com recomendações dos Bancos e Corretoras e assessores, pois ofertam investimentos de acordo com seu interesse, recebem comissões, rebates, taxas ocultas em troca da assessoria gratuita. O que tem de errado nisso são os conflitos de interesse, que faz com que nem sempre indicam o investimento ideal para o perfil do cliente.

As corretoras inventaram os traders, são profissionais ou amadores que ficam o dia todo comprando e vendendo ação, segundo os estudos de   Fernando Giovannetti da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV EESP), indivíduos que faziam transações de curto prazo com contratos do Ibovespa e concluíram que, entre 1.551 investidores pessoa física, apenas 1,1% tiveram retorno líquido médio superior ao salário mínimo em pouco mais de um ano.

Cerca de 0,5% desses traders, que foram acompanhados durante 300 pregões, obtiveram ganho superior ao salário típico de um atendente de caixa de agência bancária.

Vamos supor que você invista num fundo de multimercado famoso (comprando na alta e vendendo na baixa) que renda 8% ao ano. Após deduzir taxas de 2% ao ano, lhe restará 6%. Mas se o fundo tiver um volume intenso de negociações, todos os ganhos de curto prazo serão tributados segundo seu imposto de renda ordinário. Então, sua renda de 6% ao ano será reduzida a 3% a.a. No entanto, ainda falta considerar o efeito da inflação. Digamos que ela seja de 2% ao ano: sua renda acaba de ser reduzida para 1%, veja que não coloquei nem a taxa de performance que costuma ser de 20%.

O problema de investir com um bancário ou com corretoras, é que eles venderem fundos ou ações em que em recebe as taxas embutida no produto, muitas vezes falta profundidade nas recomendações, faça um teste, peça ao seu assessor ou bancário como foi feito análise, se ele investe nas próprias recomendações, se resposta for não, saia fora!

Minha segunda dica, nunca esqueça a primeira, concentre-se no que é capaz de controlar. Esqueça o que não pode. Não importa se você não consegue controlar o rumo da economia, nem se você não pode prever o mercado de ações. Para se tornar bom investidor, não basta acreditar. Você precisa das ferramentas, das habilidades, das estratégias e das percepções que vão lhe tornar capaz de tomar as melhores decisões de investimentos.

Então, a melhor saída é investir nos seu conhecimento, mas se ainda não te convenci a estudar, escolha um consultor que tenha profundidade, experiência com uma visão geral do seu Patrimônio e faça investimentos com fundamentos, gosto da citação de Benjamim Graham , que dizia.

” Uma operação de investimento é aquela que, após análise profunda, promete a segurança do principal e um retorno adequado. As operações que não atendem a essas condições são especulativas “. 

Não caia na tentação de ganhar dinheiro rápido, pense no longo prazo, essa força pode transformar uma pequena soma de dinheiro em uma grande fortuna.

Adriano Tizzo.

Consultor de Investimentos pela CVM.