Fundos de ações têm captação líquida de R$ 8,3 bilhões em março

Os fundos de ações registraram captação líquida de R$ 8,3 bilhões em março, de acordo com dados da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) divulgados nesta segunda-feira (06). No primeiro trimestre, a classe acumula entradas líquidas de R$ 45 bilhões, contra R$ 16,7 bilhões no mesmo período do ano passado.

No total da indústria de fundos, a crise desencadeada pela pandemia da Covid-19 gerou impactos, com resgates líquidos de R$ 31,2 bilhões em março. O saldo dos três primeiros meses de 2020 permanece positivo, com R$ 6,8 bilhões, mas representa queda em relação ao mesmo intervalo de 2019, quando foram registrados R$ 65,2 bilhões.

Além da classe de ações, os FIPs (Fundos de Investimento em Participações) e os fundos cambiais tiveram aportes de recursos em março, de R$ 478,4 milhões e de R$ 790,5 milhões, respectivamente. Apesar das captações de R$ 5,1 bilhões e de R$ 4,9 bilhões no período, as movimentações dos ETFs (Exchange Traded Funds) e dos FIDCs (Fundos de Investimento em Direito Creditório) foram concentradas em fundos específicos.

Entre as classes com resgates em março, a de renda fixa foi a mais impactada, com R$ 42,9 bilhões. No primeiro trimestre, os fundos de renda fixa acumulam saídas líquidas de R$ 63,6 bilhões. Os multimercados e os fundos de previdência tiveram resgates líquidos de R$ 5,1 bilhões e de R$ 3 bilhões, respectivamente, no mês, mas seguem com captações positivas de R$ 14,4 bilhões e de R$ 2,6 bilhões no ano.

Em linha com os desempenhos dos indicadores de mercado IMA Geral (Índice de Mercado ANBIMA) e Ibovespa, que tiveram quedas de 1,98% e de 29,9% em março, as rentabilidades dos fundos também foram afetadas no mês. Os fundos do tipo ações livre, que representa o maior patrimônio líquido da classe de ações, tiveram recuo médio de 30,12%, no mês. Entre os multimercados, o tipo livre apresentou variação negativa mensal de 4,61%. Na renda fixa, os tipos mais representativos, duração baixa grau de investimento e duração livre grau de investimento, registraram retornos negativos de 0,06% e 0,1%, respectivamente.

Fonte: Investimentos e Notícias