O CDB é um dos investimentos de renda fixa mais conhecidos pelos brasileiros. Caso você esteja considerando fazer uma aplicação em CDB, confira todos os detalhes de como funciona e quais são as vantagens e desvantagens desse tipo de investimento.
Primeiramente, CDB significa Certificado de Depósito Bancário.
Esse título é emitido por bancos. Na prática, é como se você estivesse emprestando seu dinheiro para o banco, em troca do recebimento de juros.
Como funciona?
No momento da aplicação, você fica sabendo de todas as condições do CDB.
As mais importantes são a taxa de juros e o prazo de vencimento.
A respeito da taxa de juros, é importante saber que ela pode ser prefixada ou pós-fixada. No caso da taxa prefixada, você sabe que receberá um porcentual de rendimento. Por exemplo, uma taxa de 8%.
Já os títulos pós-fixados variam junto com alguma outra taxa. As mais comuns são o CDI e a inflação (IPCA). Neste caso, você sabe que receberá uma porcentagem do rendimento dessas taxas.
Historicamente, os CDBs pós-fixados ao CDI eram bastante utilizados no Brasil. Isso porque a taxa de juros (Selic) era elevada, e o CDI é praticamente igual à Selic.
Hoje em dia, a Selic está nos níveis mais baixos da história. Por isso, os investimentos atrelados ao CDI estão menos atrativos. Para entender melhor o impacto da queda dos juros sobre a renda fixa.
Liquidez do investimento
Alguns CDBs também têm carência. Ou seja, determinam uma data a partir da qual ele pode ser resgatado.
Por exemplo, o CDB pode ter vencimento em três anos, mas carência de seis meses.
A liquidez da aplicação é algo muito importante de ser considerado. Muitas instituições liberam o resgate apenas no prazo de investimento.
Caso você possa ficar três anos sem precisar do recurso, vale a pena você investir em um CDB de prazo de resgate de três anos, mesmo que não tenha liquidez. Isso porque a taxa será mais atrativa.
Afinal, o banco terá mais tempo para trabalhar com o seu dinheiro.
Caso você acredite que precisará usar o dinheiro para uma emergência, é melhor aplicar em um CDB de liquidez diária. Ou seja, que pode ser resgatado todo dia. A desvantagem, neste caso, é que as taxas são mais baixas.
Os CDBs de liquidez diária também são uma boa pedida em momentos de muita turbulência e baixa visibilidade no mercado. Isso ocorreu, por exemplo, no início da crise de 2020.
Um fator que interfere na rentabilidade é o perfil do banco. Quando o CDB é emitido por um banco tradicional, a remuneração é mais baixa. Isso porque a solidez financeira dessas instituições traz menos riscos para os investidores.
Já os CDBs emitidos por bancos médios costumam oferecer retornos mais atrativos. Ao mesmo tempo, o risco envolvido é maior.
Riscos do CDB
Um dos grandes riscos envolvidos no investimento é o banco emissor quebrar e não honrar com o compromisso. No entanto, o investidor conta com uma vantagem, que é a garantia dada pelo Fundo Garantidor de Crédito. Esta proteção vai até o limite de R$ 250 mil por CPF.
Por essa razão, clientes com mais recursos preferem investir em CDBs de bancos variados, respeitando o limite de R$ 250 mil em cada instituição.
Tributação do investimento
A tributação dos CDBs é semelhante à maioria das aplicações de renda fixa.
Alíquota de 22,5%
Incide sobre rendimentos ocorridos até 180 dias depois da aplicação.
Alíquota de 20%
Incide sobre rendimentos ocorridos até 360 dias depois da aplicação.
Alíquota de 17,5%
Incide sobre rendimentos ocorridos até 720 dias depois da aplicação.
Alíquota de 15%
Incide sobre rendimentos ocorridos até 720 dias depois da aplicação.
Principais vantagens
Para resumir, as principais vantagens do CDB são a segurança e a possibilidade de liquidez diária. Além disso, a rentabilidade pode ser interessante, a depender dos fatores apontados acima.
Mas provavelmente uma das maiores vantagens do CDB seja a facilidade de aplicação, com uma grande variedade de emissores, prazos e taxas disponíveis.
Fonte: Eu quero investir.