Banco do Brasil (BBAS3) tem queda de 23,7% no lucro no 2TRI20

O Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 3,2 bilhões no segundo trimestre de 2020, nesta quinta-feira (6). Isso significa uma queda de 23,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

O lucro líquido ajustado foi de R$ 3,3 bilhões no período, decréscimo de 25,3% em relação ao segundo trimestre de 2019. De acordo com o Banco do Brasil, o resultado foi influenciado, principalmente, pela resiliência da margem financeira bruta, pressão nas receitas com prestação de serviços, diminuição das despesas com risco legal e aumento da PCLD ampliada. As despesas administrativas somaram R$ 7,850 bilhões no trimestre, um aumento de 2,6%.

 

O Retorno sobre o Patrimônio Líquido (RSPL) foi de 11,9%, uma redução de 5,7 pontos percentuais.

Enquanto RPSL ajustado atingiu 10%, baixa de 5 p.p.

A provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) totalizou R$ 5,907 bilhões no trimestre, um aumento de 42,4%.

Margem financeira cai 7%

A margem financeira líquida atingiu R$ 8,634 bilhões, uma redução de 7%.

Já a margem de contribuição somou R$ 14,395 bilhões no período, queda d

 

e 8%.

A receita com prestação de serviços atingiu R$ 6,965 bilhões, uma diminuição de 6,4%.

De acordo com o Banco do Brasil, o desempenho foi afetado pela redução da taxa Selic e efeitos da pandemia que reduziram a demanda de produtos e serviços bancários.

Crédito

A carteira de crédito ampliada totalizou R$ 721,6 bilhões, alta de 5,1% na comparação com igual período de 2019, com desempenho positivo em todos os segmentos na mesma comparação.

Para pessoas físicas, crescimento de R$ 13,5 bilhões, com destaque para crédito consignado (+R$ 11,0 bilhões) e para pessoas jurídicas elevação de 6,6%, sendo que os negócios com clientes MPME cresceram R$ 6,2 bilhões, especialmente na linha de capital de giro (+R$ 7,1 bilhões).

A carteira de crédito ampliada para o agronegócio cresceu 1,1% em um ano com
destaque positivo para a carteira rural, que se elevou em 2,4% na comparação com o mesmo período do ano passado (+R$ 4 bilhões), totalizando R$ 174,4 bilhões. Destaque para crescimento de 5,0% com produtores rurais pessoas físicas, em linha com a estratégia de alteração do mix desta carteira.

Captações do Banco do Brasil

 

As captações do Banco do Brasil totalizaram R$ 684,147 bilhões no segundo trimestre, um aumento de 10,9%.

Conforme o banco, o desempenho foi puxado pelo crescimento dos depósitos de poupança, a prazo e à vista.

Projeções suspensas

Conforme o comunicado, o Banco do Brasil suspendeu as projeções para o ano de 2020.

Isso se deve ao ambiente de alta volatilidade e de incerteza decorrentes da pandemia do novo coronavírus.

JCP

O Banco do Brasil aprovou o valor de R$ 1,256 bilhão em Juros sobre o Capital Próprio (JCP), relativos ao primeiro semestre de 2020.

De acordo com a nota, o valor pago em JCP será de 0,4416 por ação.

O JCP terá como base a posição acionária de 21 de agosto deste ano. As ações serã negociadas “ex” a partir de 24 de agosto de 2020.

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                   Fonte:Felipe Moreira, euqueroinvestir