Ambev (ABEV3) tem lucro líquido de R$ 2,35 bilhões no 3T20, queda anual de 9,4%

Ambev (ABEV3) obteve um lucro líquido de R$ 2,359 bilhões no terceiro trimestre deste ano, queda de 9,4% frente ao reportado no mesmo período do ano passado. O lucro atribuído aos controladores ficou em R$ 2,27 bilhões. As informações foram divulgadas na madrugada desta quinta-feira (29).

Por Jader Lazarini.

A receita líquida da Ambev somou R$ 15,6 bilhões, avanço de 30,5% na comparação de ano contra ano. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) ajustado, por sua vez, atingiu R$ 5,07 bilhões, avanço de 15% na comparação anualizada.

As despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A) aumentaram 8,9%, enquanto excluindo a depreciação e amortização o indicador foi elevado em 13%, apoiando a recuperação da receita nos mercados atuantes da companhia, segundo a administração da empresa.

A Ambev também destacou o fluxo de caixa das atividades operacionais, que avançou em 99,3% na comparação anualizada, para R$ 7,07 bilhões. Nesse sentido, os investimentos em Capex foram de R$ 1,14 bilhão, baixa de 29,5% na mesma base comparativa.

Para a direção da gigante do setor de bebidas, o terceiro trimestre foi marcado “pela contínua recuperação em formato “V”, impulsionada pela estratégia comercial da companhia, à medida em que inovação, flexibilidade e excelência operacional ganharam momentum“.

Segundo o balanço apresentado, todos os países em que a companhia atua apresentaram avanço nos volumes — de forma consolidada, a alta foi de 12%. O resultado consolidado representa a combinação das operações no Brasil, América Central e Caribe (CAC), na América Latina (LAS) e no Canadá, após a eliminação de operações entre empresas do grupo.

De acordo com o balanço da empresa, foram registrados 42,4 milhões de hectolitros no terceiro trimestre, uma alta de 12,1% sobre o apresentado no terceiro trimestre de 2019. O resultado, segundo a empresa, foi impulsionado pelo forte desempenho de Cerveja Brasil.

 

 

 

 

 

 

 

Receita líquida e custo do produto vendido por hectolitro. Fonte: Ambev

Para a administração da empresa, o resultado em Cerveja Brasil “foi impulsionado por resultados consistentes da implementação da nossa estratégia comercial, pela nossa capacidade de adaptação às mudanças do mercado e por uma indústria em crescimento, positivamente impactada pela ajuda financeira governamental”. Destaques operacionais por região são:

  • Brasil: flexibilização das restrições no País fez com que o número total de compradores ativos de cerveja atingisse o patamar pré-coronavírus. Todas as fábricas e centros de distribuição estão em operação.
  • América Latina: países continuam a reabrir gradativamente, embora a Bolívia continue sendo fortemente impactada pelas restrições à circulação de pessoas. Todas as fábricas retomaram suas atividades.
  • América Central e Caribe: ao longo de quase todo o terceiro trimestre, a República Dominicana instaurou um toque de recolher e partes do Panamá proibiram a venda de bebidas alcoólicas. As operações já foram retomadas.
  • Canadá: bares e restaurantes foram reabertos gradativamente, mas a segunda onda da Covid-19 no Hemisfério Norte exige cautela. Todas as fábricas do país estão funcionando normalmente.

Segundo a Ambev, o impacto total da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) nos resultados futuros permanece incerto, mas as ações estão sendo orientadas para perpetuar a tendência de recuperação em alta escala. “O cenário continua desafiador, mas estamos confiantes de que estamos tomando as decisões certas no mercado e de que temos uma posição forte e a estratégia correta para enfrentar os desafios que teremos à frente”, diz a diretoria.

Fonte: Suno Research.