Como investir sem perder dinheiro por causa da inflação?

5. Profissão

Muitas pessoas se perguntam: O que faço com o meu dinheiro? Onde devo investir? Quando? Por quanto tempo? Ou devo deixá-lo na poupança?

Levando em conta os últimos 13 meses, período de janeiro de 2014 até janeiro de 2015, a inflação oficial brasileira ficou em 8,73%, e o mercado prevê que ela termine o ano em 9 %. Considerando que a meta anual do país é de 4,5%, com uma margem percentual de 2 pontos para mais ou para menos, podendo, assim, chegar até 6,5% ao ano (limite da meta de inflação), fica claro que existe um forte crescimento nos preços por aqui. O leitor que quer proteger seu dinheiro na hora de investir, ou fazer ele render, pensa agora no que fazer com as suas economias. Será que é hora de fazer um pé de meia?

Quando a inflação está elevada, fica mais difícil superá-la. A tradicional caderneta de poupança, que tem a sua remuneração básica dada por uma taxa referencial mais 0,5% ao mês, frequentemente perde da inflação ou praticamente empata com a alta dos preços provocada por ela. “Para o pequeno poupador, isto é, as pessoas que tem um valor de até cinco mil reais disponível, o melhor investimento ainda é a poupança. Agora, para quem tem um valor acima de cinco mil reais, existem outras opções que, mesmo sofrendo descontos de taxas e impostos, ainda assim, se tornam mais rentáveis que a tradicional caderneta de poupança, como o Certificado de Depósito Bancário (CDB) por exemplo, que é um título emitido pelos bancos para se capitalizarem”, orienta Higor Lemes, economista da AR Capital Investimentos.

A melhor opção é sempre manter parte do dinheiro em investimentos que o protejam contra a inflação, mas por quê? Porque o poder de compra (capacidade para adquirir bens) não mudará diante da alta de preços.

“Para o pequeno poupador, isto é, as pessoas que tem um valor de até cinco mil reais disponível, o melhor investimento ainda é a poupança” Higor Lemes, economista 

Alguns fundos de investimentos são seguros para se apostar mesmo com cenário de inflação, já que eles geram uma renda fixa baseada em títulos públicos emitidos pelo governo federal ou títulos emitidos pelos bancos, no qual o pagamento já prevê a inflação. Agora ficou complicado? Você não entendeu? Calma, a gente explica.

Vamos lá. Se você tem dinheiro sobrando e quer investir, é indicado partir para um fundo de investimento, mas o que é isso?  Imagine um condomínio (sim, um prédio no qual você mora) que reúne dinheiro de diversos investidores (chamados de cotistas) com objetivo de conquistar ganhos financeiros (dinheiro) a partir da compra de variados tipos de investimentos (conhecidos como ativos). Em um condomínio cada morador é dono de uma parte (um apartamento) e paga alguém para administrar e coordenar as tarefas (limpeza, jardinagem, manutenção), a partir disso são estabelecidas regras que serão seguidas por todos os moradores. Um Fundo de investimento funciona da mesma maneira.

Os cotistas compram uma quantidade de cotas de alguma coisa e pagam uma taxa de administração para alguém coordenar e gerenciar os investimentos no mercado. Ao comprar cotas de um determinado fundo, o cotista aceita suas regras de funcionamento (aplicação, resgates, horários, custos, rendimentos) e tem os mesmos direitos do restante do grupo, não importa o quanto ele investiu no início.

“É preciso notar que se proteger da inflação é algo pessoal, porque cada um tem a sua própria elevação de preços. Em alguns investimentos o retorno do dinheiro varia de acordo com as taxas de inflação da economia brasileira (IPCA e IGP-M), portanto, são uma excelente alternativa para proteger o investidor contra os aumentos da inflação”, explica o economista Higor.

Em resumo a pessoa deve estudar a melhor alternativa para aplicar o seu dinheiro considerando as opções de investimentos. Observe que o aumento do dólar deixou mais caro os produtos e serviços comprados por brasileiros no exterior, mas para os estrangeiros, o efeito foi o contrário, está barato para os gringos comprarem aqui no Brasil. Por exemplo, pode ser um bom momento para se investir em empresas que exportam para fora do país. Já pensou nisso?

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