Classe média vai aquecer o mercado imobiliário em 2016

5. Mercado Imobiliário

O diretor-executivo de Habitação da Caixa Econômica Federal, Teotonio Rezende, estimou um crescimento de 30% nos financiamentos de imóveis no valor de até R$ 225 mil para 2016, ao ser comparado com o ano passado. As moradias mencionadas encontram- se nas faixas 2 e 3 do Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV). O volume de financiamento de 2015 foi 31% superior ao de 2014, segundo Rezende, já que na habitação social não houve restrição (diminuição) de oferta de recursos.

A estimativa feita pelo diretor-executivo da Caixa já considera a demanda da terceira fase do programa MCMV, que, dentre as suas inovações, contará com a nova faixa chamada 1,5, para atender um maior número de pessoas de baixa renda, que até então não eram contempladas.

O diretor, ainda, explica que, devido às condições da venda dos imóveis populares, o brasileiro está trocando o antigo aluguel pela prestação da casa própria, e, por isso, não muda de decisão na hora de comprar a casa, esse fator faz com que as grandes construtoras não tenham problemas relacionados a estoque e a velocidade de venda.

Além disso, na terceira etapa do programa, o limite de renda mensal dos beneficiários do Minha Casa Minha Vida subiu de R$ 5 mil para R$ 6,5 mil, já os valores máximos dos imóveis das faixas 2 e 3 foram reajustados e variam agora entre R$ 90 mil e R$ 225 mil. Esses dois fatores devem ajudar a impulsionar as vendas no segmento em 2016.

Segundo informações da Caixa Econômica Federal, 60% das 6,5 milhões de simulações de crédito imobiliário, realizadas mensalmente pelo site, são para imóveis de até R$ 200 mil. Essas simulações servem como termômetro do mercado imobiliário, relacionado ao programa MCMV desse ano. Segundo Rezende, “a tendência é que a demanda continue em alta com os ajustes do programa e a criação da faixa 1,5”.

Rezende acredita que os empréstimos com recursos do SBPE (um produto da Caixa usado para financiamento habitacional, que tem como características principais o financiamento de até 100% do valor, até 420 meses para pagar e a pessoa pode possuir outros imóveis em seu nome), usados para moradias de até R$ 750 mil, permanecerão restritos, enquanto a taxa básica de juros e a inflação no Brasil seguirem elevadas. Em contrapartida, a Caixa negocia com o Conselho Curador do FGTS a renovação de custeio em linhas com condições especiais, que é o caso do Pró-Cotista, que recebeu em julho R$ 4 bilhões do fundo para financiar imóveis de até R$ 400 mil, a taxas anuais entre 7,85% a 8,85%.

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