No Brasil, ao contrário de outros países, as pessoas não abandonam os lugares onde vivem por motivos de guerra, mas sim por busca por melhores condições ou causas naturais como grandes secas que assolam regiões de nosso país. Até hoje, o famoso êxodo rural acontece no Brasil. Ou seja, as pessoas saem do seu lar atual pois não es- tão conseguindo atender suas necessidades mais básicas e passam muitas dificuldades como em moradia e alimentação, um dos motivos é a falta de empregos.

“Novos bairros trazem novas responsabilidades para as Prefeituras Municipais”

O estado de São Paulo é o considerado o PÓLO NACIONAL DE RECEPÇÃO MI- GRATÓRIA, isto é, um lugar onde as pessoas buscam oportunidade de moradia. Na década de 70 o estado recebeu 3,2 milhões de pessoas, já na década de 80 esse número reduziu para 2,6 milhões, na década de 90 o número retornou aos 3,2 milhões de pessoas. E na década 2000-2010 esse número caiu para um patamar de cerca de 2 milhões de pessoas. E fica a pergunta: As grandes cidades de São Paulo sempre estiveram preparadas para recepcionar tantas pessoas que chegam ano a ano?  Como era e como está a saúde, a educação e o saneamento básico nestas cidades após esta migração de pessoas?

De acordo com pesquisa da Fundação Seade, na região metropolitana de Campinas ocorreram taxas de migração maiores do que São Paulo capital. Cidades como Paulínia, Nova Odessa e Indaiatuba sofreram bastante com esses movimentos migratórios, pois novos bairros trazem novas responsabilidades para as Prefeituras Municipais em relação à infraestrutura para atender a essas pessoas.

A pesquisa da fundação ainda mostrou que as taxas de migração são maiores nos outros municípios, enquanto na cidade de Campinas se mantém estável. Isso traz um alerta para nossos governantes que precisamos de atenção no volume de pessoas que chegam diariamente em nossas cidades. Devemos estar prepara- dos para recepciona-las sem interferir nos serviços básicos da população local.