Brasileiro trabalha 108 dias ao ano só para pagar imposto

 Segundo pesquisa do Banco Mundial, o Brasil está no topo da lista dos países onde mais se trabalha para pagar impostos, são 2.600 horas ou pouco mais de 108 dias de trabalho ao ano, somente para sustentar a máquina pública. Esse número é tão alto que no 2º lugar, a Bolívia, trabalha-se 1.080 horas para o Governo, ou seja, 58% menos que no Brasil. Essa pesquisa ainda não levou em consideração a recriação da CPMF (novo imposto, que pode ser aprovado em votação em 2016), o que deve acrescentar mais algumas horas de trabalho para o Governo. Veja no ranking abaixo, os países que mais consomem horas do trabalhador na forma de impostos.

Mais de um terço do tempo de trabalho dos brasileiros, no período de um ano, são dedicados a pagar impostos, essa é uma outra forma de observar o quanto a carga tributária é alta no Brasil. Mas o que é carga tributária? É o conjunto de impostos, taxas e contribuições (federais, estaduais e municipais) que, direta ou indiretamente, afetam qualquer atividade econômica (indústria, comércio e serviços), encarecendo o custo e o preço final de produtos. Em 2002, Fernando Henrique Cardoso deixou o Governo com uma alta carga tributária, que chegou a 32,36% sobre o PIB, com uma arrecadação de R$ 482,5 bilhões. Com a promessa de reduzir a carga tributária, o Governo do PT assumiu o poder em 2003, mas ao contrário do prometi do, aumentou a mesma para 35,42% sobre o PIB no ano de 2014, com uma arrecadação de R$ 1,955 trilhão.

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Você sabia?

Você sabia que, a cada R$ 1,00 pago em energia elétrica, o Governo leva R$ 0,46 como arrecadação. Alguns produtos tem o preço dobrado por causa dos impostos, o shampoo, por exemplo, tem mais da metade de seu preço final como imposto, cerca de 52,35%. Essa alta carga tributária serve para financiar os gastos e investimentos do governo, mas a população não tem um retorno adequado. Entre os 30 países que possuem as maiores cargas tributárias do planeta, o Brasil é o que proporciona o pior retorno à população segundo o IRBES (Índice de Retorno de Bem-Estar à Sociedade). Mesmo com os recordes de arrecadação tributária, o Brasil oferece péssimo retorno aos contribuintes, no que se refere à qualidade do ensino, atendimento de saúde pública, segurança, saneamento básico, entre outros serviços. E ainda fica atrás de outros países da América do Sul, como Uruguai e Argentina, que ocupam, respectivamente, a 11ª e 19ª colocações no ranking.

 

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