Alteração do PIB e inflação muda cenário econômico do país

Segundo a FGV (Fundação Getúlio Vargas), a previsão para 2015 do crescimento real do PIB (Produto Interno Bruto, que representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região, durante um determinado período) foi reduzida de -1,49% para – 2,44%, enquanto o índice de inflação (o aumento continuado e generalizado dos preços dos bens e serviço, que diminui o poder de compra das pessoas) passou de 9,00% para 9,29%, ambas as previsões seguem as expectativas do mercado.

Se confirmado esse valor, ele será o pior resultado registrado em 25 anos, ou seja, desde 1990, quando o PIB recuou 4,35%. Até então, a última estimativa divulgada pelo governo era de uma queda de 1,8% no PIB de 2015. A previsão, feita pela fundação FGV, acompanha as estimativas do mercado. Segundo analistas, era previsto um “encolhimento” de 2,70% para o PIB brasileiro neste ano e, de 0,80% em 2016.

3. Inflação - Infográfico

Por meio do relatório de receitas e despesas do orçamento, relativo ao quarto bimestre, o governo também admiti u que a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deverá ultrapassar a barreira dos 9% em 2015. A previsão, para o IPCA de 2015, subiu de 9% para 9,29%.

Pelo sistema que vale no Brasil, a meta central para 2015 e 2016 é de 4,5%, mas, com o intervalo de tolerância existente, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida. Com isso, a inflação deverá superar o teto do sistema de metas em 2015, algo que não acontece desde 2003. Essas situações podem ser definidas como um período de recessão econômica, esse nome é dado para situações em que a economia de um determinado país sofre uma diminuição significativa em sua taxa de crescimento, resultando em queda na atividade comercial, na indústria, na quantidade de dinheiro em circulação e no recuo do consumo, já que as pessoas não vão conseguir consumir como antes.

Com uma estimativa menor de crescimento da economia brasileira neste ano e também no próximo, o governo já admitiu que arrecadará menos. O valor, anunciado pelos ministros da Fazenda e do Planejamento no dia 30 de novembro, é de cerca de R$ 5,5 bilhões a menos de arrecadação para o ano que vem, o que pode acabar forçando o governo a elevar o valor dos impostos.

 

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