Brasil fechou 2016 com mais de 12 milhões de desempregados

Em 2016, o Brasil bateu o recorde de trabalhadores sem ocupação atingindo a marca de 12,342 milhões de pessoas, o que elevou a taxa de desemprego para 12% no último trimestre do ano. No mesmo período de 2015, a taxa era de 9% de desempregados no país.

Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados ontem (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que esse é o maior nível revelado pela pesquisa desde 2012, quando ela começou. Só de 2014 para 2016, o desemprego cresceu 74,4%, o que representa um claro reflexo da crise econômica que atingiu o país.

Ainda segundo os dados divulgados pelo IBGE, a população desocupada no Brasil cresceu 2,7% em relação ao trimestre de julho a setembro, aumentando 36% (ou mais de 3,3 milhões de pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2015.

No fechamento de 2016, a população ocupada no país ficou na marca dos 90 milhões de trabalhadores, crescendo 0,5% em relação ao trimestre anterior, chegando 2,1% (ou 2 milhões de pessoas) em relação ao quarto trimestre de 2015, mas mesmo assim, em 2016 o Brasil perdeu 1,32 milhão de postos formais de trabalho e registrou o segundo pior resultado da série histórica iniciada em 1992, de acordo com dados do Ministério do Trabalho. Apenas em dezembro, mais de 462 mil vagas formais de emprego foram fechadas.

Apesar do aumento do desemprego ao longo do ano passado, o rendimento médio real habitualmente pago aos trabalhadores brasileiros se manteve estável entre 2015 e 2016. De acordo com o IBGE, esse rendimento ficou em R$ 2.043 no último trimestre do ano, ante os R$ 2.026 pagos no trimestre imediatamente anterior, bem como em relação aos R$ 2.033 pagos no mesmo trimestre de 2015.

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